Triste fato. No dia seguinte ao qual recolhemos uma rede abandonada, com cerca de 30kg de peixes já em estado de decomposição, encontramos outra logo de manhã cedo. Desta vez, colocada em paralelo à linha de costa e exatamente na frente da sede do Instituto Rumo Náutico, em Jurujuba – Niterói/RJ.
O mais assustador foi encontrar além de peixes e siris, três tartarugas presas à rede. Duas os apoiadores do Projeto Águas Limpas conseguiram liberar ainda com vida, mas uma foi encontrada já morta. Com certeza mais um caso de afogamento provocado por uma rede de espera.Depois de enterrarmos sete tartarugas num intervalo de menos de um ano, todas encontradas na pequena enseada de São Francisco, Baía de Guanabara, só resta lembrar da ilustre letra de Bob Dylan, Blowing the wind- “Quantas mortes serão necessárias, para que se saiba que já se matou demais?”
Refletindo sobre essa forte frase e com a motivação para começar uma ação, iniciamos a busca por parceiros pesquisadores da área, entre eles, universidades públicas, para tentarmos criar um projeto em conjunto. Uma busca por medidas e ações preventivas e principalmente, um apelo grande aos pescadores amadores e aos irresponsáveis que se dizem pescadores.
A pesca predatória não pode ser digna de um pescador. Abandonar redes, não respeitar períodos de defeso, pescar em áreas proibidas, além de qualquer tipo de pesca de arrasto, são atitudes irresponsáveis que vão contra a sustentabilidade do seu próprio ganha pão.
Contribuição:
Vinícius Palermo
Contribuição:
Vinícius Palermo
31 jan 2012
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