Águas Limpas nas Escolas – Fase 2

Na quarta (1/10/14), dia da semana que ocorrem as reuniões semanais e informes da direção das escolas municipais para professores e funcionários, realizamos a primeira intervenção da segunda fase do Projeto Águas Limpas nas Escolas.

Escolhemos a E.M. Maria Ângela, localizada no bairro de São Francisco – Niterói e que já havia recebido a primeira fase do projeto em 2013, quando foram apresentados aos alunos a peça “O Sapo que Lavou o Pé”, bem como uma exposição sobre as origens e impactos do lixo marinho.


Nesta segunda fase do projeto as ações são direcionadas à implementação, no cotidiano escolar, de uma gestão de resíduos. O objetivo principal é tornar a comunidade escolar referência na gestão de resíduos, para tanto é necessária a colaboração dos alunos e a participação de professores e funcionários, o que, ainda, serve de exemplo para os pais dos alunos.

Para sensibilizar e motivar professores e funcionários foi realizada uma palestra temática sobre gestão de resíduos - “Resíduos sólidos, entender para educar”, bem como, uma dinâmica para construção coletiva de ações práticas e simples para facilitar a gestão no cotidiano escolar. A atividade foi realizada em duas sessões para atender todos os funcionários e professores dos dois turnos (manhã e tarde).





Link para acessar material da palestra:

Dentre as ações que surgiram destacam-se a coleta seletiva e a transformação da escola em PEV (Ponto de Entrega Voluntária) para o lixo eletrônico. Durante o debate foi proposto que, para facilitar a implementação, fosse realizada a coleta seletiva apenas com dois coletores, sendo um para o Lixo Comum e outro para os Recicláveis.

Foi apresentado também um modelo de composteira domestica, não para receber todos os resíduos orgânicos gerados na escola, mas para servir como exemplo pedagógico, podendo receber o volume de uma caixa de sorvete (2litros) por dia de alimentos crus (cascas e etc) gerados na cozinha.

Entretanto para que seja realmente implementada a gestão de resíduos, há necessidade de pelo menos alguns novos coletores, dentre eles um grande (1000L) para estocar por uma semana o material reciclável e outro, não muito grande (200L) para armazenar o lixo eletrônico como um PEV, além de duplas de coletores (lixo comum e reciclável) para lugares estratégicos na escola.

Outros fatores fundamentais são a responsabilidade pela coleta e destinação final, em que a CLIN deverá realizar a coleta semanal dos materiais recicláveis para serem encaminhados às cooperativas e a Coopcanit deverá coletar o Lixo Eletrônico toda vez que o coletor - PEV estiver cheio.
Essa fase de implementação será assessorada pelo Projeto Águas Limpas por um período, para que a escola realmente faça essa transformação no cotidiano escolar.


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Contribuição
Vinícius P. Palermo
Outubro 2014 

Retomada do Águas Limpas nas Escolas – Fase I

Na semana entre os dias 22 e 25 de setembro retomamos as ações da primeira fase do Projeto Águas Limpas nas Escolas, que acontece em parceria com o Instituto Ambiente em Movimento desde 2012. Desta vez, as atividades foram direcionadas aos jovens alunos do Ensino Fundamental II. 

E.M.Villa Lobos


E.M. Santos Dumont






            






Para a escolha de duas escolas municipais, estabelecemos uma parceria com as Secretarias de Meio Ambiente e Educação de Niterói. A seleção foi feita entre as escolas que participam do Projeto Agente Ambiental Escolar, promovido pela Prefeitura de Niterói. O objetivo principal dessa parceria foi somar ações para fortalecer ainda mais as duas iniciativas ambientais: o Águas Limpas e o Agente Ambiental Escolar.

As escolas selecionadas foram a E.M.Santos Dumont, localizada no bairro de Fátima, e a E.M.Heitor Villa Lobos, localizada na Ilha da Conceição. Conforme programado, no primeiro dia de atividades ocorreu a intervenção de teatro ambiental com a peça “Do Início ao Fim do Mundo”, apresentada em uma única sessão em cada uma das escolas.

Apresentação na E.M.Villa Lobos

Apresentação da peça na E.M.Santos Dumont
A peça, que é dividida em três atos; criação, destruição e o despertar, traz uma forte reflexão sobre a história da Terra e da humanidade até os dias atuais e, principalmente, sobre as relações do homem com os recursos naturais e entre si. Em seguida, interagindo com os alunos, foi realizado um Quiz sobre a temática da peça. Quem respondesse às questões levantadas, ganhava uma cópia do jogo de RPG “ Do Inicio ao Fim do Mundo”. 

O jogo também foi apresentado aos participantes logo depois da peça. Trata-se de um jogo de RPG desenvolvido por jovens, entre 12 e 19 anos, sob orientação pedagógica, com várias missões ambientais e a intenção de aliar entretenimento ao conteúdo socioambiental, oferecendo diversão e exercício de conceitos importantes dentro da temática.    
 Sobre o Jogo - Do Inicio ao Fim do Mundo.

Apresentação do jogo na E.M.Santos Dumont
Embora seja em si uma ferramenta didática completa e independente, este jogo funciona também como um material complementar à peça. A fim de ser um reforço ao conteúdo visto no teatro, o jogo funciona atenuando o caráter pontual da intervenção, somando horas nas quais os jogadores estarão em processo de aprendizagem.  Uma versão do jogo fica disponível para download gratuito no site do IAM.  

No segundo dia foram apresentadas algumas sessões de uma exposição mediada, nos moldes de uma contação de história, a fim de trazer a experiência do lúdico e do interativo, no tempo de uma aula, para estimular a reflexão e a participação dos jovens dentro da temática ambiental da história da humanidade. O fim da mediação estimulou ações coletivas de transformação principalmente na relação da geração de resíduos com as escolhas de consumo e na corresponsabilidade das consequências. Foi exemplificado, também,  alguns usos de tecnologias socioambientais, como, por exemplo, as composteiras domésticas para a reciclagem dos resíduos orgânicos. 

Exposição na E.M.Santos Dumond

Exposição na E.M.Villa Lobos
Um dos objetivos dessa primeira fase do projeto é trazer a reflexão sobre a temática ambiental, além das múltiplas relações existentes na própria geração de resíduos no cotidiano da escola. Em uma segunda fase, prevista para o mês de novembro, a intenção é trabalhar com professores, funcionários e direção a fim de sensibiliza-los para a implementação de uma gestão de resíduos no cotidiano dessas escolas.

Acreditamos que um núcleo educativo deve servir como referencia para toda a comunidade escolar, desde os alunos e seus pais aos funcionários, professores e direção.  




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Contribuição

Vinícius P. Palermo
outubro 2014