Ponta pé inicial do ECOmAGENTE na Grota do Surucucu.

Iniciamos as atividades do Projeto-Piloto ECOmAGENTE na manhã de sábado, dia 27 de abril de 2013, no espaço cedido pela direção da Escola Estadual Duque de Caxias (EEDC), grande parceira dessa iniciativa.
Para este primeiro encontro, em que abordamos o tema do Lixo Marinho, estiveram presentes cerca de quinze pessoas, todos moradores da comunidade da Grota e arredores.  Formou-se um grupo bastante plural, desde jovens alunos da própria EEDC à própria diretora da EEDC, Cristina, além de agentes de saúde e zoonoses que atuam na comunidade, e outros interessados. Com um público abrangendo a faixa-etária dos 14 aos 66 anos de idade, o que acabou enriquecendo ainda mais o grupo e a proposta do ECOmAGENTE.





Procuramos seguir um roteiro de atividades de forma a tornar este primeiro módulo bastante dinâmico e interativo com os participantes. 
Começamos com uma apresentação sobre o Projeto Águas Limpas e como chegamos ao desenvolvimento do ECOmAGENTE, esclarecendo em maiores detalhes os temas dos sete módulos (encontros) e as duas fases do projeto, uma de instrumentalização e outra de aplicação em conjunto. Logo em seguida, propomos uma dinâmica quebra-gelo para uma integração da equipe e dos participantes.




Terminada as apresentações organizamos a atividade da árvore dos problemas, para discorrermos sobre as origens dos problemas (raízes), os problemas (tronco) - que procuramos centrar no lixo marinho - e os impactos ou consequências dos problemas (copa da árvore). Tal dinâmica proporciona um debate coletivo que colabora para um maior entendimento sobre o problema dentro do contexto e realidade local.







Para completar o debate, apresentamos algumas reportagens, que circularam na TV aberta, sobre o tema do lixo marinho,  abordando suas origens e impactos, com o objetivo de mostrar que é um problema global e não apenas local.
Durante o pequeno intervalo, uma pausa para o lanche, aproveitamos para reatar  o tema do lixo, conversando sobre o lixo que geraríamos no nosso  pequeno lanche, e que reduzimos utilizando copo permanente, em vez de descartáveis e separando os materiais que podem ser reciclados e que foram doados para a coleta seletiva do Projeto Grael.



Terminado o lanche voltamos com uma vídeo-dinâmica – teste de atenção para abordar a visão com um foco apenas, que abrange poucas relações, porém em detalhes e outra, com uma visão mais ampla, para enxergarmos outras relações e inter-relações.
Para concluir as atividades do dia fizemos uma apresentação sobre os conceitos do Lixo Marinho, principalmente o flutuante, suas origens e impactos. Focamos na principal origem, que é a terrestre, quando o lixo é carreado pelas águas de córregos, rios e/ou canais de drenagem.  Contextualizamos com o trabalho de coleta do Águas Limpas e fechamos com a influencia da microbacia do Canal de São Francisco.



Planejamos para o próximo encontro (sábado, dia 4 de maio), no qual abordaremos o tema Gestão de Resíduos, uma pequena saída de campo para observarmos o canal de São Francisco, vizinho a EEDC e dentro da comunidade da Grota.

Em breve, desenvolveremos um blog sobre o ECOmAGENTE na Grota e que servirá como uma ferramenta de comunicação para os participantes e a comunidade.



Contribuição:
Vinícius Palermo
Abril 2013.
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Lançamento do Projeto “ECOmAGENTE” na Grota.

No dia 15 de abril, promovemos o lançamento do Projeto-Piloto ECOmAGENTE, uma parceria entre o Projeto Grael, através do Projeto Águas Limpas e o Instituto Ambiente em Movimento (IAM) e que conta com o apoio da Escola Estadual Duque de Caxias (E.E.D.C), localizada na comunidade da Grota do Surucucu, em Niterói, bem como da assistente social, Valeria Fonseca, que atua nas obras do PAC na comunidade, além de agentes de saúde e zoonoses do Programa Médico de Família do Posto de Saúde da Grota.
Para divulgar o projeto, o IAM promoveu duas sessões da peça “ Do Inicio ao Fim do Mundo” realizadas no auditório da E.E.D.C. No turno da manhã participaram cerca de 70 alunos e no turno da noite, aberto ao público geral, estiveram presentes cerca de 120 pessoas.



A peça utiliza-se do teatro mudo e da comédia para propor uma reflexão sobre a humanidade e sua relação com a natureza ao longo do tempo. O enredo conta com dois personagens caricatos, um homem primitivo e um menino dos dias atuais. Na interação do saber tradicional com os conhecimentos da modernidade, representados pelos personagens, são abordados temas como o surgimento da vida, processo civilizatório, tribalismo, escambo, recursos naturais, manipulação de massa e as possíveis soluções para as questões ambientais da atualidade. Desta maneira a apresentação é dividida em três atos: a Criação, a Destruição e o Despertar. De forma divertida e acompanhada de uma trilha sonora com ritmos e canções tradicionais brasileiras, a apresentação culmina na importância do Brasil no contexto ambiental do mundo atual.



Logo após as apresentações divulgamos e esclarecemos a proposta do ECOmAgente. Projeto que visa atuar com cerca de trinta jovens, entre 15 e 30 anos, sendo pelo menos quinze deles moradores da comunidade da Grota.



O Projeto é dividido em duas fases: a primeira englobará um período de instrumentalização dos jovens através de oficinas e encontros que abrangem conhecimentos teóricos, bem como práticos nas áreas de ciências ambientais, tecnologias socioambientais e educomunicação. Durante esta primeira fase, os jovens irão iniciar a pratica de um olhar critico de forma a contribuir na elaboração de um diagnostico da região, com o objetivo de identificar os principais problemas ambientais da localidade da Grota do Surucucu.

Cronograma planejado para esta fase, dividido em módulos:

1. (27/4/13)      Conceituação sobre lixo marinho (origens e impactos)
Atividade com a árvore dos problemas; Exposição Águas Limpas.

2. (4/5/13)      Gestão de Resíduos – Olhar critico.
 História do lixo e o homem; Vídeo-debate “a História das coisas”.
Será agendado visita ao Aterro Sanitário do Morro do Céu e/ou Galpão de Coleta Seletiva.

3. (11/5/13)      Construção e manutenção de composteiras: (aula prática)
Contextualização do resíduo orgânico; Jogo do composto; Uso do composto

4. (18/5/13)      Tratamento de esgoto (aeróbio e anaeróbio)
Conceituação geral; demonstração de biodigestor; Banheiro  seco compostavel; Será agendado uma visita a uma Estação de Tratamento de Esgoto.

5. (25/5/13)      Tecnologias ecológicas – banheiro seco, telhado verde, uso da água de chuva, aquecedor solar, agricultura urbana (horta caseira, pomar, mudas de árvores) (aula prática);

6. (1/6/13)      Ferramentas de educomunicação, mídias, filmagem, programas de edição abordagem com público em geral (teórico e pratico);

7. (8/6/13)     Jogos educativos (tabuleiro, RPG, dinâmicas colaborativas, programação em mídias)

Atividades Extras: Será organizado durante o curso de acordo com a disponibilidade da turma e equipe.
. Participação dos alunos como apoio das ações educativas do Águas Limpas nas Escolas;
. Visitas a galpão de coleta seletiva, aterro sanitário e E.T.Esgoto da Águas de Niterói.

A segunda fase do projeto, previsto para o segundo semestre, englobará a elaboração de um diagnostico da comunidade da Grota e orientação para o desenvolvimento de projetos individuais ou em grupo, elaborados pelos alunos, para serem implementados na própria Comunidade da Grota.

Espera-se com esse Projeto-Piloto contribuir para a formação de jovens mais conscientes e proativos, além de disseminar a participação cidadã onde residem e buscarem soluções para os problemas ambientais da comunidade da Grota do Surucucu.


Contribuição: Vinícius Palermo
Abril 2013
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Retomada - Águas Limpas nas Escolas 2013

Entre os dias 1 e 4 de abril retomamos nossas ações educativas, desta vez na Escola Municipal Maria Ângela (E.M.M.A), que fica no bairro de São Francisco e atende cerca ‘de 400 alunos, cobrindo a educação infantil e o ensino fundamental I.
No primeiro dia (segunda, 1/4/13) ocorreram duas apresentações da peça “O Sapo que Lavou o Pé”, uma para cada turno.  Essa ação foi idealizada e está sendo promovida pelo Instituto Ambiente em Movimento que é um grande parceiro das ações educativas do Projeto Águas Limpas.  

 A peça, Inspirada na cantiga popular “O Sapo Não Lava o Pé”, utiliza materiais e fatos cotidianos, a contação de histórias, o teatro de bonecos, e a música para semear a visão sistêmica, enquanto desvenda os mistérios da reluta do anfíbio em lavar o pé, bem como incita o público a interagir na busca de soluções para a problemática. Dentro desse contexto e ao término da peça anunciamos a nossa exposição – Águas Limpas.

Link : Fotos da apresentação da peça.  


A exposição, em formato de uma aula dinâmica e interativa com duração de cerca de 50 minutos, ocorreu entre os dias 2 e 4 de abril (terça a quinta) e recebeu cada uma das 22 turmas (11 em cada turno, manhã e tarde), de acordo com o horário escolar.
 Durante essa aula interativa, apresentamos primeiramente uma exposição de fotos do lixo marinho encontrado nas águas da Baía de Guanabara, principalmente na área de atuação do Águas Limpas (Enseadas de Jurujuba e Icaraí). Apresentamos, também, fotos de outras atividades das quais participamos, como mutirões de limpeza e eventos educativos. Após observação das fotos, realizamos um debate (em formato de roda de conversa) para discutirmos sobre as origens e impactos do lixo, situação ilustrada pela apresentação de uma maquete representando o canal e parte do bairro de São Francisco, onde está localizada a escola. Com o auxílio da maquete exemplificamos o escoamento das águas da chuva, o qual carreia grande parte do lixo que acaba por desaguar na Praia e Enseada de São Francisco e que foi apresentado nas fotos da exposição.     


Para debater sobre ações para reduzirmos o lixo marinho e atentarmos sobre a nossa geração de lixo cotidiana, realizamos a dinâmica “Desembrulhando o lixo”, na qual procuramos evidenciar que os materiais sujos e misturados que nomeamos como lixo, se estiverem separados e limpos serão objetos que poderão ser reutilizados ou reciclados.  Com isso, sugerimos uma segregação adequada (coleta seletiva) dos materiais, destacando o material orgânico, que ocupa cerca da metade do lixo gerado nas casas e que poderia ser tratado de outra forma, através de uma composteira doméstica.


Assim, apresentamos um modelo de composteira (modelo com minhocas) para exemplificar a transformação de restos de alimentos crus (cascas de frutas, legumes, etc) em terra (adubo), que pode ser utilizada, por exemplo, em uma horta caseira.
Quanto aos outros materiais, principalmente os plásticos, destacamos a importância de reduzir seu consumo, como no caso de copos, pratos e talheres descartáveis, muito utilizado em festas e que poderiam ser substituídos pelos permanentes, bem como as sacolas plásticas. Nas turmas de educação infantil (3 a 5 anos) fizemos uma dinâmica de olhos vendados para as crianças exercitarem o tato e diferenciarem os materiais (metal, plástico, etc).
Debatemos sobre a diferença entre a embalagem de alimento e a embalagem de uma fruta, exemplo da casca de banana, onde os dois tem a mesma função de proteger o alimento, mas a de plástico não some na natureza (os microrganismos não conseguem digerir) e o orgânico os microrganismos devoram.
Para encerrar as atividades, no ultimo dia (quinta) aproveitamos para  plantar no terreno da escola e junto com uma turminha da educação infantil, o pé de aroeira que demos de presente para a escola.  As crianças irão acompanhar o crescimento da árvore ao longo dos cinco anos em que estiverem estudando na E.M.M.A.


Já estamos planejando novas atividades para as escolas, com destaque para o apoio a gestão de resíduos e a disseminação de hortas urbanas. Projeto esse que atuará com professores e os gestores da escola com o objetivo de torná-la um espaço de exemplo quanto ao funcionamento da coleta seletiva e o uso de composteira e hortas urbanas.

Mais fotos dessa ação na E.M.M.A nos links:




Contribuições:
Vinícius Palermo, Clarissa Pimentel e Lucas Sielski 
Abril 2013 



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